Coronavírus

Reclusos organizam motins na Argentina para exigir prisão domiciliária

Esta sexta-feira registou-se um em Buenos Aires, mas nos últimos dias houve motins noutras prisões argentinas e algumas delas acabaram por suspender as visitas.

Agustin Marcarian

Lusa

Um grupo de reclusos amotinou-se esta sexta-feira no estabelecimento prisional de Villa Devoto, em Buenos Aires, reclamando o acesso ao regime de prisão domiciliária, por recearem a propagação da pandemia dentro daquela prisão.

De acordo com testemunhos recolhidos pela agência espanhola Efe, vários reclusos subiram ao telhado daquela unidade penitenciária, com os rostos cobertos e utilizando armas improvisadas, enquanto exibiam a seguinte faixa:

"Covid-19 está em Devoto, juízes genocidas. O silêncio não é o meu idioma".

O Ministério da Justiça argentino confirmou que os reclusos pediram "uma liberdade vigiada, com pulseira eletrónica" ou de outro modo, por causa da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus.

"O Serviço Penitenciário também fez uma listas das pessoas que, devido às suas circunstâncias de saúde, será melhor não estarem dentro do estabelecimento penal em caso de doença", acrescentou a tutela.

Entretanto, as autoridades foram mobilizadas para a prisão de Villa Devoto para controlar o motim e retirar os reclusos do telhado.

O oficial da polícia encarregado de gerir o incidente, Eduardo Taiano, disse que ainda não é conhecido o número total de reclusos que se amotinaram.

Nos últimos dias também se registaram motins em outras prisões argentinas, levando algumas delas a suspender as visitas.

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