De um lado, os motoristas, que se alinhavam e buzinavam ao longo da avenida.
Do outro, fardados, com máscaras cirúrgicas, de pé e com os braços cruzados, os médicos e enfermeiros que fizeram frente às pretensões dos primeiros, posicionando-se no meio da via e impedindo a circulação de carros e camiões.
Num país que está no topo da lista em número de mortes por causa da Covid-19, Donald Trump tem defendido uma rápida reabertura da economia, mesmo indo contra a opinião de alguns governadores, como é o caso no Colorado, onde Jared Polis emitiu uma ordem de permanência em casa que está em vigor até ao dia 26 de abril.
Este fim-de-semana, de acordo com os relatos da comunicação social norte-americana, centenas de pessoas quiseram juntar-se, numa manifestação de apoio ao presidente norte-americano.
Com bandeiras nacionais e cartazes onde podia ler-se "Acabem com o vírus, não com a economia" e "Precisamos de estabilidade para nos manter saudáveis", os manifestantes sairam à rua - muitos sem qualquer equipamento de protecção - para exigir o fim do isolamento.
Alexis, foi uma das enfermeiras de Denver que se opôs ao protesto, que durou cerca de quatro horas. À NBC explicou que considerava o gesto como uma "chapada na cara dos profissionais de saúde".
“Eu também não quero ficar presa em casa. Não acho que muitos gostem disso. Mas essa não é a questão", acrescentou.