Os mercados de ações asiáticos caíram ainda mais hoje, traduzindo os receios causados pelo surto do coronavírus, aprofundando o impacto negativo global depois de Wall Street sofrer a sua maior queda num dia nos últimos nove anos.
A bolsa de Tóquio começou por cair mais de 3% e Xangai, Hong Kong e Seul caíram mais de 2%.
Os preços do petróleo caíram ainda mais com as expetativas de quebra na procura por parte da atividade industrial. Os investidores, confiantes de que a doença que surgiu na China estaria a ficar sob controlo, foram surpreendidos por surtos em Itália, Coreia do Sul e Irão.
Agora, temem que o vírus se esteja a transformar numa ameaça global que pode prejudicar o comércio e a indústria.
Em Wall Street, o índice S&P 500 de referência caiu 12% em relação à máxima histórica alcançada há uma semana.
Uma lista crescente de grandes empresas está emitir alertas sobre os resultados e a indicar que o encerramento de fábricas na China está a interromper as cadeias de fornecimento, para além de sublinharem que a proibição de viagens e outras medidas preventivas também estão a prejudicar o consumo chinês.
O Nikkei 225 de Tóquio caiu para 26.157,36, enquanto o Shanghai Composite Exchange perdeu 2,9%, para 2.904,92.
O Hang Seng de Hong Kong perdeu 2,3%, para 26.157,36.
O Kospi em Seul caiu 2,2%, para 2.007,89, e o S & P-ASX 200 de Sydney caiu 2,3%, para 6.502,6.
Os mercados da Nova Zelândia e do Sudeste Asiático também recuaram.
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MAPA INTERATIVO MOSTRA EM TEMPO REAL OS PAÍSES AFETADOS PELO CORONAVÍRUS
A Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, criou, em conjunto com outras entidades, um mapa interativo que permite acompanhar a evolução do coronavírus no mundo.