Coronavírus

910 mortos e mais de 40 mil infetados pelo coronavírus

Grupo de cientistas europeus diz que a doença pode atingir 1 em cada 20 residentes da cidade de Wuhan, no centro da China

Teresa Canto Noronha

A comissão de saúde da China diz que, esta segunda feira, o balanço de vítimas mortais do coronavírus ultrapassou as 900 pessoas e o número de infetados vai para além dos 40 mil.

Apesar do aumento do número de mortos, as autoridades chinesas dizem que parece estar a estabilizar a propagação.

No entanto, alguns cientistas europeus falam num pico do contágio a partir de meados deste mês de fevereiro e na possibilidade de 1 em cada 20 residentes da cidade de Wuhan, vir a ter a pneumonia viral.

Durante o fim de semana morreram dois homens, um japonês e um norte americano, que viviam em Wuhan, e que se tonaram nos primeiros estrangeiros a morrerem da doença, em território chinês.

Novos dados, no dia em que milhões de pessoas começam a regressar ao trabalho, depois de mais de duas semanas de pausa forçada.

Os feriados do ano novo tiveram de ser prolongados, numa medida sem precendentes na China.

Mas muitas empresas e fábricas estão a tentar reabrir, o que obriga a medidas extraordinárias de segurança e proteção dos funcionários e das instalações.

Mesmo assim, a grande maioria dos empregados está a trabalhar a partir de casa e as ruas e transportes públicos na capital e em Shangai, por exemplo, em hora de ponta, estavam praticamente sem ninguém.

As escolas mantêm-se fechadas até ao final do mês, na maior parte das cidades.

Uma equipa de peritos da Organização Mundial da Saúde parte, esta segunda feira, para Pequim, para uma avaliação do trabalho que está a ser feito pelas autoridades sanitárias chinesas.

Entretanto, foram confirmados mais 66 casos de contágio a bordo do navio de cruzeiro atracado em Yokohama, no Japão.

Ao todo já são quase 140 as pessoas infetadas.

O ministro da saúde de Tóquio já disse que vão ser feitos testes a todos os 3 mil e 700 passageiros e tripulação do Diamond Princess e que, todos os dias, são entregues medicamentos a mais de 600 das pessoas em quarentena.

Desde remédios para doenças crónicas até antigripais e que o Japão está a fazer tudo o que pode para garantir que todos os que estão dentro do navio, têm as melhores condições possíveis para se manterem saudáveis.

O Diamond Princess foi posto em quarentena depois de se ter sabido do caso de um antigo passageiro, de 80 anos, infetado com o coronavírus e que viajou no barco, no mês passado.

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