Os cidadãos portugueses que estão no Líbano vão ser retirados ainda esta sexta-feira do país. A informação foi confirmada à SIC pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Serão cerca de 20 os repatriados, avançou o gabinete de Paulo Rangel que sem grandes detalhes confirmou que a retirada dos cidadãos nacionais será feita através de uma operação organizada pelo Governo português.
Ainda assim, o Ministério confirma que se trata do primeiro grupo de portugueses residentes no Libano de um total de duas dezenas. Todos estão identificados há várias semanas e em contacto permanente com as autoridades nacionais.
Saíram do Líbano às primeiras horas desta sexta-feira num avião da Força Aérea rumo a Portugal, mas que fará escala em Nicósia no Chipre, prevendo-se que cheguem ainda estar tarde a território nacional.
Montenegro já tinha garantido que Portugal tinha plano para retirar portugueses do Líbano
Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já tinha avançado que o Governo português tinha mecanismos prontos para retirar portugueses que quisessem sair do Líbano.
"Nós temos estado em contacto, desde há muito tempo, com todos os portugueses que estão identificados e, portanto, (…) temos mecanismos que estão prontos para poder fazer o apoio que é necessário para a sua retirada", garantiu o primeiro-ministro.
Durante as declarações aos jornalistas na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, o primeiro-ministro explicou que os portugueses que quisessem sair do país tinham de comunicar essa intenção.
"Têm de nos comunicar, e nós temos de enquadrar, seja numa operação que pode acontecer promovida por nós, seja numa operação que também pode acontecer promovida por algum Estado nosso amigo e parceiro, com o qual iremos colaborar, numa perspetiva de naturalmente conjugar os interesses de todos e tirar cidadãos de todas as nacionalidades deste teatro de operações", disse.
O Líbano tem estado, nos últimos dias, a ser alvo de ataques por parte das forças israelitas, que pretendem combater o grupo Hezbollah.
A ofensiva, que já fez mais de 700 mortos, está a ser classificada como um dos maiores ataques de sempre de Israel no país.
[Notícia atualizada às 13:44]