A expectativa de Israel aceitar o cessar-fogo durou apenas o tempo do voo de Telavive a Nova Iorque. Ao chegar, Netanyahu dissipou as esperanças, tanto pelas palavras como pelas ações. A pressão vinda dos parceiros de governo mais radicais também contribuiu para essa decisão.
"Durante o voo, aprovei a demissão do chefe da unidade de UAV (Veículos Aéreos Não Tripulados) e outras coisas. A minha política, a nossa política é clara. Continuamos a atacar o Hezbollah com força total", referiu.
As dúvidas, que ainda subsistiam depois das declarações do porta-voz do governo israelita sobre a proposta de cessar-fogo apresentada na véspera por França e Estados Unidos, foram desfeitas.
Apesar dos apelos ao cessar-fogo, os Estados Unidos disponibilizaram mais 8,7 mil milhões de dólares em apoio militar a Israel, conforme anunciado pelo secretário de Defesa norte-americano, reiterando o apoio contínuo dos EUA.
Na Assembleia Geral da ONU, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestiniana, criticou os três vetos dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU relacionados com o cessar-fogo. Abbas afirmou que Israel deve deixar os territórios ocupados e que os Estados Unidos precisam de parar de fornecer armas a Israel.
O líder palestiniano também se disse pronto para assumir o controlo das fronteiras de Gaza e realizar eleições.