Conflito Israel-Palestina

Assembleia-Geral da ONU: Netanyahu acusa a organização de "antissemitismo"

Benjamin Netanyahu discursou na Assembleia-Geral da Nações Unidas. para acusar a ONU de antissemitismo e ameaçar atacar o Irão caso Israel seja atacado. Quando o primeiro-ministro israelita entrou no salão da Assembleia Geral saíram muitas delegações internacionais.

Miguel Franco de Andrade

Ao mesmo tempo que a esmagadora maioria das delegações dos países das Nações Unidas abandonava a sala da Assembleia Geral. Apoiantes do primeiro ministro de Israel, sentados sobretudo nas galerias, aplaudiam, indiferentes as pedidos de silêncio.

O homem em relação ao qual o Tribunal Penal Internacional (TPI) pondera emitir um mandato de captura, apelidou as Nações Unidas de 'antissemitas' e uma 'farsa'. Quase um ano depois do ataque do Hamas e com ataques diários numa faixa de Gaza praticamente destruída, Benjamin Netanyahu diz que o fim da guerra depende apenas do Hamas.

Rejeitado o cessar fogo proposto para o Líbano pela França e pelos Estados Unidos, um dos poucos países ainda na sala, Benjamin Netanyahu declarou querer a paz. O primeiro-ministro israelita responsabilizou o Irão pela guerra e deixou um aviso a toda a região.

Ao sair da sala havia praticamente apenas delegados e convidados de Israel. Horas antes tinha sido o ministro dos Negócios Estrangeiros do Líbano a reclamar a ameaça existencial provocada por Israel.

Dentro e fora da sala muitos países pediram um cessar-fogo imediato, mas também houve mostras de solidariedade com Israel, por parte dos Países Baixos ou o presidente da Sérvia, país que continua com um cidadão nacional refém do Hamas.

Pelas ruas de Nova Iorque, manifestantes locais mas também muitos familiares de reféns vindos de Israel exigiram negociações imediatas e a demissão de Benjamin Netanyahu.

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