As tensões entre Israel, o grupo terrorista do Hamas e o resto do mundo aumentam a cada dia que passa e o mais recente anúncio do Tribunal Penal Internacional (TPI) veio intensificar ainda mais esse cenário.
O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, emitiu um mandato de captura contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel e três líderes do grupo terrorista do Hamas.
Karim Khan juntou a opinião de vários peritos internacionais e apoiou-se em relatos, entrevistas, vídeos, imagens de satélite e outros elementos de prova para afirmar que, Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa israelita Yoav Gallant, são responsáveis por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Esta decisão surge numa altura em que, a região de Rafah vive um período de miséria e fome, desde que os soldados israelitas assumiram o controlo do posto fronteiriço de Rafah com o Egipto, no lado palestiniano.
O mandato emitido pelo Tribunal Penal Internacional pedia, em simultâneo, a detenção do chefe do gabinete político do Hamas, o líder do Hamas em Gaza e o comandante das Brigadas Al-Qassam - algo que não agradou ao primeiro-ministro israelita.
"Com que autoridade ousa comparar os monstros do Hamas com os soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI), o Exército mais moral do mundo?", questionou Netanyahu numa mensagem de vídeo.
O anúncio do Tribunal Penal Internacional parece ter tido um efeito conciliador em Telavive. No sábado, Benny Gantz ameaçou demitir-se caso Netanyahu não apresentasse, em três semanas, um plano pós guerra para a Faixa de Gaza. O líder da oposição no parlamento Israelita também se juntou ao repúdio pelas acusações e pediu a intervenção de Washington.
O apelo aos Estados Unidos surge num período em que a casa Branca tem subido o tom contra o prolongamento da guerra em Gaza. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou, no entanto, como ultrajante qualquer emissão de mandado de detenção contra os líderes de Israel.
Com Lusa