Em 2021, 8% das mortes que aconteceram em Portugal estão associadas a fatores ambientais. É uma das principais conclusões de um relatório do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, que é esta quinta-feira apresentado. Luís Campos, responsável do conselho, alerta que as alterações climáticas são o "principal desafio" e que há uma falta de consciencialização e de planeamento.
Luís Campos refere que as alterações climáticas têm acontecido a um ritmo "mais acelerado do que o previsto".
"2023 tinha sido o ano mais quente registado. 2024 foi ainda mais. Portugal é vulnerável a essa situação", afirma.
Em entrevista à SIC Notícias, o presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, destaca que as alterações climáticas e os fatores ambientais "matam uma em cada quatro pessoas".
O especialista do Observatório Português da Saúde e Ambiente, que critica a redução do impacto ambiental não ser um prioridade política, alerta que o "ambiente continua separado da saúde": "As políticas de saúde ignoram o ambiente e as políticas do ambiente ignoram a saúde".
"As alterações climáticas e fatores ambientais são o principal desafio pela frente", aponta.
Luís Campos considera que há uma "falta de consciencialização" do público e dos profissionais de saúde.
Emergência climática tem de ser considerada emergência de saúde pública
8% das mortes que aconteceram em Portugal em 2021 estão associadas a fatores ambientais. Esta é uma das principais conclusões de um relatório do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, que é esta quinta-feira apresentado.
O estudo defende que a emergência climática tem de ser considerada uma emergência de saúde pública.
A organização alerta que as políticas de saúde em Portugal têm negligenciado os impactos das alterações climáticas.
O relatório "Saúde e Ambiente 2024" vai ser apresentado esta quinta-feira à tarde na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.