Acidente no Elevador da Glória

Processo de indemnização das vítimas do Elevador da Glória em curso

A avaliação dos danos e pagamentos pode demorar meses. A trasladação dos corpos das vítimas estrangeiras foi concluída e a seguradora aguarda autorização para iniciar as peritagens ao elevador.

Pedro Freitas

Três semanas após a tragédia no Elevador da Glória, 19 dos 22 feridos já tiveram alta hospitalar. Uma cidadã estrangeira e dois portugueses mantêm-se internados. A companhia de seguros Fidelidade iniciou o processo de indemnização das vítimas e das famílias, mas os pagamentos ainda devem demorar.

O valor das indemnizações é determinado caso a caso pela seguradora, depois de ponderados vários critérios definidos na lei e ouvida a comissão técnica independente, formada por especialistas em medicina, direito e psicologia.

Nesta equação, há várias variáveis que podem pesar, como a idade, o rendimento da pessoa e eventuais dependentes, por exemplo.

Ao que a SIC apurou, só o seguro de responsabilidade civil automóvel contratado pela Carris, para cobrir a indemnização por morte e os danos corporais sofridos pelas vítimas, tem uma cobertura de 50 milhões de euros.

Seguradora promete processo célere

A Fidelidade promete um processo célere, justo e transparente, mas não arrisca dizer quando é que o mesmo poderá estar concluído.

A avaliação dos danos pessoais e as indemnizações podem demorar vários meses, até que a situação clínica estabilize e sejam confirmadas eventuais incapacidades temporárias ou permanentes.

Entretanto, as primeiras faturas para pagar tratamentos e funerais já começaram a chegar.

A trasladação dos corpos das 11 vítimas estrangeiras está finalizada. Apenas cinco dos casos não tiveram intervenção da companhia de seguros, tendo sido assegurados pelas próprias famílias.

Contudo, à SIC, fonte oficial da Fidelidade garante que está em contacto com as Embaixadas dos países de origem e admite total disponibilidade para assumir integralmente as despesas.

Três semanas depois do descarrilamento fatal, 19 dos 22 feridos já tiveram alta hospitalar em Portugal. Quatro foram repatriados para unidades de saúde na Alemanha e Marrocos.

Uma cidadã coreana e dois portugueses mantêm-se internados em hospitais da Grande Lisboa.

A companhia de seguros confirma à SIC que já inspecionou o prédio atingido pelo Elevador da Glória e aguarda apenas diligências complementares para que a obra de reparação avance.

Admite, no entanto, que as peritagens ao ascensor ainda nem sequer começaram, por falta de autorização da Polícia Judiciária.

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