Continuam os discursos dos chefes de Estado na Assembleia Geral das Nações Unidas. Com críticas à ONU, às preocupações ecológicas da Europa e com uma estreia: a de um Presidente sírio a discursar perante a Assembleia Geral da ONU, o que não acontecia desde 1967.
Há quase 60 anos que um dirigente sírio não discursava na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Ahmad al-Shaara ainda é alvo de sanções da ONU e da proibição de viajar devido ao passado extremista, mas no novo fato de chefe de Estado, e já não de combatente, teve permissão para ir a esta sessão número 80 pedir o fim das sanções aplicadas à Síria, denunciar os ataques de Israel no país e afirmar o apoio ao povo de Gaza.
Meloni e Milei criticam ONU
Da primeira-ministra italiana também se ouviram críticas a Israel, à ecologia que disse ser insustentável e ainda às Nações Unidas, organização que Giorgia Meloni exorta a se submeter a uma reforma urgente e profunda.
Para além dos elogios a Donald Trump, o Presidente da Argentina alinhou no ataque à ONU, que diz ser uma organização que, na opinião de Javier Milei, devia apenas ter a missão de "preservar a paz e a segurança internacionais".
Oitenta anos depois, as Nações Unidas, criadas no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, têm hoje de encontrar a palavra e o gesto perante conflitos graves e novas realidades geopolíticas, climáticas e até mesmo tecnológicas.
O mandato de António Guterres à frente das Nações Unidas termina no dia 31 de dezembro do próximo ano.