Acidente no Elevador da Glória

Empresa responsável pela manutenção do Elevador da Glória não dá explicações, dono não aparece nas instalações

A Carris põe as 'mãos no fogo' pela empresa que escolheu para a manutenção dos quatro elevadores símbolos de Lisboa. Além da Glória, o da Bica, o do Lavra e o de Santa Justa estão nas mãos de uma companhia que tem contratos registados com o Estado desde 2017 mas que começou a vistoria aos quatro ascensores em 2019.

SIC Notícias

A vistoria que estava em vigor no elevador da Glória pode não ter detetado um problema prestes a acontecer porque estaríamos perante uma peça não inspecionável. A inspeção de 30 minutos feita diariamente e contratualizada com a empresa de manutenção pode ter sido incapaz de perceber o perigo. A SIC tenta ao longo dos últimos dias fazer perguntas à empresa responsável pela manutenção do elevador da Glória, mas o próprio dono não aparece nas instalações da companhia.

A resposta dos funcionários da Main era esta sexta-feira de manhã irritada perante a insistência da SIC em obter explicações. O dono não tem aparecido na companhia que tem sede em Almada.

A Carris põe as mãos no fogo pela empresa que escolheu para a manutenção dos quatro elevadores símbolos de Lisboa.

Além da Glória, o da Bica, o do Lavra e o de Santa Justa estão nas mãos de uma companhia que tem contratos registados com o Estado desde 2017 mas que começou a vistoria aos quatro ascensores em 2019.

O jornal Público faz esta sexta-feira uma reflexão sobre os dias em que a Carris dispunha de uma equipa de 24 homens dedicados à manutenção dos ascensores. Hoje são apenas seis pessoas, que podem não ter tipo tempo para detetar um problema perante uma peça não inspecionável.

O documento que a SIC teve acesso mostra que na própria manhã do acidente o equipamento foi alvo de uma inspeção "preventiva" e recebeu luz verde para continuar a subir e descer os cerca de 250 metros entre o Restauradores e o Bairro Alto.

A empresa que fazia a manutenção do elevador da Glória foi contratada por ajuste direto há poucos dias, depois da Carris não ter aceite propostas no concurso feito em abril para os próximos três anos. Todas as que foram apresentadas à companhia eram mais altas do que a Carris contava gastar.

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