Acidente no Elevador da Glória

Vistoria ao Elevador da Glória era de 24 horas diárias mas no dia do acidente durou meia hora

Vistoria até 2007 era feita de forma mais minuciosa com 24 funcionários e turnos de oito horas ao longo de todo o dia. Esta mesma vistoria era realizada de forma muito mais minuciosa até 2007 e, em caso de quebra de fios do cabo de aço, o elevador era imediatamente parado. Até esse ano, a manutenção era feita em exclusivo pela Carris, com vistorias que duravam o dia inteiro, todos os dias.

Pedro Nunes/REUTERS

SIC Notícias

A vistoria ao Elevador da Glória, no dia do acidente, durou 33 minutos, mas até 2007 esse trabalho durava 24 horas diárias e era composta por 24 profissionais em turnos de oito horas feitos em dupla.

Como noticiado esta quinta-feira pela SIC, o Elevador da Glória foi alvo de uma inspeção na manhã desta quarta-feira, horas antes do trágico acidente que causou 16 mortos e mais de 20 feridos. O documento da empresa responsável pela manutenção do ascensor revela que a inspeção realizada no dia do acidente começou às 09h13 e terminou cerca de meia-hora depois, às 09h46.

Segundo o jornal Público, essa mesma vistoria era realizada de forma muito mais minuciosa até 2007 e em caso de quebra de fios do cabo de aço, o elevador era imediatamente parado. Até esse ano, a manutenção era feita em exclusivo pela Carris, com vistorias que duravam o dia inteiro, todos os dias.

Ao todo, a Carris dispunha de uma equipa de 24 funcionários que se dividiam em turnos de oito horas, cada turno com dois trabalhadores em cada uma das cabines do elevador. O trabalho consistia na verificação ao minuto das condições dos cabos, observando, através do uso de umas luvas por onde os cabos deslizavam, se havia quebra de fios no cabo.

Atualmente, a vistoria e manutenção é feita por uma empresa externa composta por apenas seis técnicos.

Lista de procedimentos detalhada

A lista de procedimentos é bastante detalhada e descreve que os elementos vitais do ascensor foram alvo de uma inspeção visual. São os casos dos cabos, do carril e da cabine, sendo que todos os itens receberam o 'OK' dos técnicos.

A ordem de trabalhos refere também que faltavam 263 dias para substituir o cabo que une os dois ascensores e que partiu, uma troca que, segundo o documento, acontece a cada 600 dias.

O documento conclui ainda que o ascensor tinha todas as condições para operar.

Últimas