Abusos na Igreja Católica

Queixas de abusos sexuais na Igreja triplicam após relatório independente

As queixas foram direcionadas para o Grupo Vita e também para comissões diocesanas que encaminharam para o Ministério Público. Antes da vinda do Papa, as queixas aumentaram ainda mais.

SIC Notícias

O Ministério Público recebeu quase o triplo de queixas de abusos sexuais, na Igreja, desde a apresentação do relatório independente, em fevereiro. Uma semana antes da vinda do Papa, também aumentou o número de denúncias.

Terão sido as palavras do líder da Igreja Católica a prometer tolerância zero a dar coragem a vítimas.

Segundo o Jornal Expresso, que cita dados do Grupo Vita criado pela Igreja para acompanhar abusados e abusadores dentro da instituição, a visita de Francisco incentivou quem ainda não tinha falado.

O Papa recebeu 13 vítimas na Nunciatura, em Lisboa. Pediu perdão, leu testemunhos de outras que não estavam presentes e ficou a saber que há mais casos identificados.

Isto, porque desde que o relatório da Comissão Independente foi revelado, em fevereiro, foram feitas 50 novas queixas, a maioria ao Grupo Vita, mas não só.

Também as comissões diocesanas receberam denúncias. A maioria das queixas foi enviada para o Ministério Público representando o triplo do que aconteceu durante o trabalho da comissão independente.

Os casos são também enviados para as dioceses. A de Lisboa é a que tem mais padres acusados, no entanto, dos quatro afastados da lista de abusadores feita depois da primeira investigação, apenas um se mantém proibido de contactar com crianças.

A Comissão liderada por Pedro Strech estimou, em fevereiro, que as vítimas de abusos sexuais dentro da Igreja Católica seriam perto de cinco mil.

A SIC contactou a Conferência Episcopal Portuguesa para obter uma reação sobre o aumento de queixas e denúncias, mas ainda não obteve resposta.

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