É a consequência das descidas das taxas de juro do Banco Central Europeu que duraram um ano. Terminaram em junho e, aos poucos, estão a chegar à carteira dos portugueses.
Em agosto, a taxa de juro média no conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu para 3,307%, são menos 7,8 pontos base face a julho. Em termos de orçamento familiar, a prestação média mensal paga ao banco permaneceu igual a julho: 394 euros, mas, se olharmos para o verão do ano passado, são menos 10 euros.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE) e revelam que metade da prestação são juros e a outra metade é amortização de dívida. Os juros ainda pesam na carteira e estão no topo das preocupações de Christine Lagarde.
A inflação está, para já, controlada e a taxa de juro de referência permanece nos 2%. Quem comprou casa nos últimos três meses, com financiamento bancário, conseguiu uma taxa a rondar os 2,8%. É uma reflexão das decisões tomadas em Frankfurt.
Os dados do INE indicam também que o capital médio em dívida aumentou 592 euros, ultrapassando os 72 mil euros.