Os gestores do fundo norte-americano Lone Star e os do Novo Banco vão receber prémios que, no conjunto, somam mais de mil milhões de euros por causa da venda do banco português ao grupo francês BPCE.
O valor que cada um vai receber depende do cargo que ocupa e do papel que vai desempenhar no processo de venda. A maior fatia vai para o presidente do fundo norte-americano e deverá rondar as centenas de milhões de euros.
O jornal Público explica que o valor dos prémios a pagar pelo fundo americano depende da relevância que cada um tem no Lone Star, ou seja, como é que cada um contribui para a cadeia de valor do fundo que detém a maioria do Novo Banco. Depende também da participação que cada um dos dirigentes terá no negócio da venda.
Os gestores do banco português, que agora será vendido, também vão receber prémios, que já faziam parte dos planos há vários anos, segundo o Público, mas que foi omitido pela instituição.
António Ramalho, que esteve seis anos à frente do Novo Banco, poderá receber entre sete e dez milhões de euros pelo papel que desempenhou na reestruturação. Mark Bourke, o novo presidente executivo, que deverá continuar na instituição após a venda também será premiado, mas o valor ainda não é conhecido.
O negócio de mais de 6 mil milhões de euros com os franceses do BPCE deverá ficar concluído no início do próximo ano. É nessa altura que os bónus milionários vão começar a ser pagos.
Contactada pela SIC, fonte do Novo Banco diz que a instituição não comenta por se tratar de políticas de prémios entre os acionistas.