Há empresários norte-americanos que acham que as tarifas podem causar mais prejuízo do que benefícios à economia dos Estados Unidos. Esta fábrica na Califórnia produz pacotes de plástico para supermercados e para o setor agrícola. O plástico é todo importado.
“Compramos plástico da Índia, do México e do Brasil. Todos eles são plásticos especiais que não se fabricam nos Estados Unidos”, diz Kevin Kelly, empresário norte-americano.
Desde esta quinta-feira que passaram a pagar mais para ter acesso à matéria-prima. Tinham previsto comprar uma nova máquina feita na Alemanha, mas já não o vão fazer, o que vai ter impacto na produção.
Nos Estados Unidos estão a suspender a compra de produtos ao estrangeiro. E no estrangeiro já se colocam as exportações para os Estados Unidos em pausa. É o caso desta marca de relógios suíços.
“Neste momento, estamos a viver o pesadelo que esperávamos que não se concretizasse. (...) Sinto que isto não vai durar para sempre. Acho que vai ser apenas um período difícil, em que basicamente teremos de colocar o mercado americano em pausa e concentrar-nos nas vendas internas, ou seja, no nosso mercado suíço, onde temos a nossa loja”, diz Sacha Davidoff, empresário suiço mundo
Quem depende das exportações para os Estados Unidos está a tentar arranjar alternativas para assegurar a sobrevivência dos negócios.
Apesar das negociações caso a caso, a maioria das tarifas começou a ser aplicadas esta quinta-feira pelos Estados Unidos. A 60 países da União Europeia estão a ser cobrados 15% sobre todos os produtos que sejam exportados para os Estados Unidos.
Não estão abrangidos alguns produtos químicos e farmacêuticos, peças de aviões e outros componentes e matérias-primas consideradas críticas.