O ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, diz que seria incompreensível ver o Parlamento bloquear a redução do IRS. Da parte do Chega e do PS parece haver caminho aberto para a aprovação da medida.
A redução do IRS vai ser discutida e votada no Parlamento já na próxima sexta-feira. O PSD pediu que o assunto fosse levado a plenário com carácter de urgência com o objetivo de encurtar prazos.
A poucas semanas das férias, o Governo quer deixar este assunto despachado para que os contribuintes possam sentir o efeito do corte já no mês de agosto, e o Chega está disponível para viabilizar a medida.
Embora pondere apresentar uma proposta de alteração para alargar o âmbito da redução, a ideia do Governo tal como está deve receber luz verde.
O PS também não deve levantar entraves. À TSF, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, garante que o partido não se opõe a cortes nos impostos sobre o trabalho desde que não esteja em causa o equilíbrio das contas públicas.
Do lado oposto está o PCP, que pede “para amanhã” a subida dos salários e das pensões.
Marcelo Rebelo de Sousa, por sua vez, antecipa efeitos úteis da medida a partir do próximo ano.
Com a medida a cair em cima da campanha autárquica, a esquerda tem acusado o Governo de eleitoralismo, mas o ministro da Economia diz que seria incompreensível que o Parlamento bloqueasse esta redução de impostos.
Se for aprovada, a iniciativa do Executivo vai ter retroativos a janeiro.