Economia

Com o preço do azeite em alta, já há apanha da azeitona no Alto Alentejo

Defendendo a elevada qualidade do produto final, os produtores alegam que só agora o preço de mercado reflete o verdadeiro valor do azeite.

Pedro Galego

José Louro

A apanha da azeitona já começou no Alto Alentejo. Numa altura em que o azeite está muito valorizado, há quem dê prioridade à qualidade e contrarie a tendência das produções de grande volume, provenientes dos olivais intensivos. 

De um olival tradicional no concelho de Fronteira, sai autêntico ouro líquido com selo biológico. A produção está em linha com a campanha do ano passado, mas a ameaça de algumas pragas - e para prevenir eventuais quebras - leva a apanha a começar mais cedo.  

Só assim se garante qualidade no produto final, a um preçoque, dizem os produtores, só agora reflete o verdadeiro valor do azeite. 

Quase como uma ilha, rodeada cada vez mais de culturas intensiva, o lagar do Monte da Colónia, em Vale de Seda, dá resposta aos mais de 100 hectares de olival desta exploração agrícola e aos pequenos produtores da região. Estima-se que até perto do Natal vá laborar a um ritmo de 2500 quilos de azeitona transformada em azeite a cada 60 minutos.  

Com a valorização do azeite, sobretudo em Espanha, houve grupos interessados em comprar toda a produção de azeite desta exploração, mas aqui o objetivo é fugir da venda a granel e manter a qualidade, para um mercado que sabe o que está a consumir. 

Em linha com os números de 2023, ou até um pouco acima, no Alto Alentejo a produção de azeite já está em velocidade cruzeiro e vai decorrer a grande ritmo nos próximos dois a três meses.

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