Os jovens com vencimentos mais baixos estão a ficar para trás na corrida ao mercado da habitação apesar das isenções fiscais à compra da primeira casa. A isenção do IMT e do Imposto de Selo até aos 35 anos, fez disparar o crédito à habitação.
Desde que a medida entrou em vigor, a 1 de agosto, 37% das escrituras de crédito para a compra de casa foram feitas por jovens com salários entre os 2 mil e os 4 mil euros, segundo dados imobiliários citados pelo Jornal Económico.
Os jovens com vencimentos abaixo de 2 mil euros representam só 18% das escrituras realizadas. Na mesma percentagem usufruíram dos mesmos benefícios aqueles que têm os rendimentos mais elevados de todos. Ou seja, 18% das escrituras de crédito dizem respeito a jovens, que auferem rendimentos mensais acima dos 10 mil euros.
Ainda de acordo com o Jornal Económico, a procura por crédito à habitação na faixa etária dos 25 aos 35 anos foi 39,7% no terceiro trimestre. Uma subida de 4,8 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2023.
A isenção do Imposto Municipal sobre Transações Onerosas e do Imposto de Selo aplica-se a imóveis com um valor não superior 316.272 euros. Um valor que irá subir para 324.058 euros caso a proposta do Orçamento do Estado seja aprovada. No caso da isenção parcial, o valor máximo do imóvel irá aumentar para os 648.022 euros.