Economia

Contas da Santa Casa: buraco financeiro poderá ser ainda maior

A SIC contactou a Santa Casa, que não quis fazer comentários, mas garantiu que em breve espera poder apresentar os relatórios e contas dos últimos três anos.

SIC Notícias

A situação financeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é de tal forma precária, que a instituição reconhece para plano de atividades para este ano a necessidade de reforçar o orçamento em 40 milhões de euros.

No mesmo documento, produzido no final do ano passado, revela que fechou as contas de 2023 com um prejuízo de mais de 62 milhões de euros, para o qual contribuíram os acertos de conta dos dois anos anteriores.

Só que este buraco financeiro poderá ser muito maior. Isto porque falta contabilizar compromissos já assumidos em negócios como a expansão dos Jogos Santa Casa para o Brasil, aos quais Ana Jorge pôs fim, quando assumiu a Provedoria da Santa Casa, em maio do ano passado.

São duas as auditorias. Uma forense à Santa Casa Global, a empresa criada para a internacionalização dos jogos e outra às contas da própria Santa Casa, nos anos de 2021 e 2022, que não foram ainda aprovadas pela ministra do Trabalho e Solidariedade Social.

A SIC sabe que o Tribunal de Contas recebeu no dia 15 de fevereiro a auditoria forense à Santa Casa Global. O Tribunal diz apenas que está em curso a apreciação do documento e recusou dar acesso ao mesmo por estar em segredo de justiça.

A Santa Casa acrescenta ainda que, face à gravidade da situação financeira da instituição, apresentou queixa contra desconhecidos no Ministério Público e pediu ao Tribunal de Contas que avançasse com mais uma auditoria.

A SIC contactou a Santa Casa, que não quis fazer comentários, mas garantiu que em breve espera poder apresentar os relatórios e contas dos últimos três anos.

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