Com a inflação e a Euribor a baixar é cada vez maior a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) decida baixar os juros.
Quem pediu dinheiro emprestado aos bancos para comprar casa para habitação própria e permanente optou, na maioria, pela taxa mista, isto é, uma taxa de juro fixa no período inicial seguido de um segundo período com taxa de juro variável.
A taxa mista representou em janeiro 71% do total dos novos contratos de crédito à habitação. Já a taxa média mensal destes contratos diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, fixando-se em 3,81%, o valor mais baixo em quase um ano.
Os dados são do Banco de Portugal (BdP) que revela a prestação média mensal de quem paga a casa ao banco.
O aumento de dezembro do ano passado para janeiro deste ano foi de apenas um euro, para 426 euros, uma subida inferior à registada nos meses anteriores.
Mas, atenção, trata-se de uma média pelo que difere de família para família e do montante do empréstimo.
Apesar disso, as taxas Euribor estão a recuar há vários meses e estão abaixo da taxa de referência do BCE. Pelo que, os mercados estão a exercer pressão para que Christine Lagarde corte nos juros.
A subida das taxas de juro serviu para controlar a inflação que tem estado a recuar e está cada vez mais perto da meta.
As famílias portuguesas com crédito da casa e taxa variável já começaram a sentir o alivio na carteira e para quem a amortização antecipada dos créditos à habitação pode ser uma solução, mas em janeiro representou pouco mais de 1%.