O endividamento das famílias portuguesas quadruplicou em nove anos. Em dia de debate para as eleições, a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública sublinha que o futuro do SNS tanto pode passar pelo recurso às Parcerias público privadas bem como pelo reforço do investimento público, mas alerta que é que preciso um acordo para a saúde que inclua a direita e a esquerda.
Os dados são do Banco de Portugal e revelam que as famílias portuguesas estão a pedir mais dinheiro emprestado aos bancos, para fazerem face a despesas com a saúde, a educação e energias renováveis.
Só em 2023 a banca emprestou mais de 140 milhões de euros para estas finalidades, representando um aumento de 332% face a 2015.
A principal fatia destes empréstimos vai para as despesas com a saúde.
“É um sinal de que o SNS não consegue fornecer as respostas que as precisam precisam, no tempo que as pessoas precisam, do modo que as pessoas precisam. E assim o cidadão tem de procurar uma resposta completar e isso leva a um amento dos custos”, esclarece Gustavo Tato Borges.
Os últimos dados da Pordata mostram que a despesa dos portugueses com bens e serviços de saúde aumentou 37% para mais de 8 mil milhões de euros.
A falta de resposta do Serviço Nacional de Saúde está a fazer com que as pessoas peçam dinheiro aos bancos, para pagarem exames e cirurgias no setor privado.
Em dia de debate para as eleições legislativas entre os principais candidatos a primeiro-ministro, com visões totalmente opostas sobre o SNS, a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública defende é que preciso um acordo que inclua a direita e a esquerda.