Sem o IVA zero, o preço do cabaz alimentar aumentou 6,77 euros no espaço de um mês. No total, o cabaz com 54 alimentos custa hoje 180,9 euros quando a 19 de dezembro o valor era de 174,13 euros.
A diferença tem em conta os preços observados a 19 de dezembro, quando o IVA zero ainda vigorava, e esta segunda-feira, um mês após ter terminado a medida.
A maioria dos alimentos do cabaz aumentou de preço, ainda que alguns também custem hoje menos e um deles (o pão de Rio Maior) se tenha mantido sem alterações.
Os alimentos cujo preço aumentou
Entre os 43 alimentos cujo preço aumentou está, por exemplo, um saco de 3 quilos de batata vermelha (que custa agora mais 21 cêntimos do que em meados de dezembro), um pacote de meio quilo de esparguete (mais quatro cêntimos), um pacote de arroz agulha (mais nove cêntimos) ou um quilo de cebola (mais 24 cêntimos).
De uma forma geral, o preço da carne e do peixe também subiu, com o peito de frango a custar hoje 6,79 euros por quilo (contra 6,09 euros em dezembro).
Já para comprar um quilo de perna de peru ou de jardineira de vaca é agora preciso gastar, respetivamente, 4,99 euros e 9,99 euros, quando há cerca de um mês e meio o valor era de 3,49 euros e 9,39 euros.
Uma dourada grande fresca viu o preço por quilo subir em um euro, para 7,99 euros.
De forma inversa, comprar hoje um quilo de bifana de porco custa menos do que quando o IVA zero ainda estava em vigor: 4,89 euros contra 5,08 euros em dezembro, e o mesmo se passa com o bacalhau crescido da Noruega 1.ª, que custa agora menos dois euros por quilo do que custava em dezembro quando a procura deste produto estaria mais forte devido à aproximação do Natal.
Ovos, conservas, manteiga, leite, iogurtes, leguminosas viram também o preço aumentar, tal como o azeite e o óleo alimentar e algumas frutas e legumes, como a banana (importada e da Madeira), o alho francês ou o espinafre.
Mas é também na categoria das frutas e dos legumes que estão a maioria dos 10 produtos alimentares cujo preço desceu no intervalo tempo referido.
Recorde-se que os produtos do cabaz com IVA a 0% foram escolhidos tendo em conta o cabaz de alimentação saudável do Ministério da Saúde e os dados das empresas de distribuição sobre os produtos mais consumidos pelos portugueses. A medida foi lançada com o objetivo de mitigar a subida da inflação, e vigorou até 4 de janeiro, após ter sido prolongada em outubro.
Com Lusa