Economia

Fim do IVA Zero e atualização de preços: que diferença vai sentir na carteira com a alimentação?

A análise da DECO ao fim do IVA Zero que coincide com a atualização de preços do início do ano. Os aumentos do cabaz de produtos essenciais podem chegar aos 10%.

SIC Notícias

Termina hoje o IVA Zero. O fim da medida coincide com a atualização de preços do início do ano.

Com o fim do IVA Zero, todos os produtos do cabaz de alimentos básicos volta a custar mais 6%. No entanto, os aumentos devem chegar aos 10% porque o fim da medida coincide com a atualização de preços do início do ano. Segundo contas feitas pela DECO, o cabaz de bens essenciais poderá sofrer um aumento de mais de 30 euros.

É altura de fazermos contas com Natália Nunes da Deco.

"Eu diria que pode contar com um aumento da fatura do supermercado, com toda a certeza, porque estes 46 produtos que fazem parte do cabaz e que estiveram até agora isentos do pagamento do IVA. vão retomar o IVA e portanto significa que, na pior das hipóteses, nós, consumidores, vamos ter aqui o aumento de 6% em termos muito teóricos, há toda uma série de atualizações que que os produtos também estão sujeitos.

Comparar preços e fiscalizar

A oscilação dos preços tem a ver também com o próprio preço da da produção do produto. A essas oscilações do preço dos produtos, agora vamos ter que somar o IVA que não pagámos durante estes meses.

"Vai levar a que o consumidor tenha necessariamente que fazer aqui aquilo que já fez em 2023, em especial as famílias economicamente mais vulneráveis, como menores rendimentos, que é fazer uma efetiva de comparação de preços".

É essencial que exista uma efetiva fiscalização da afixação dos preços, tanto da ASAE como dos consumidores.

"Os consumidores têm aqui um papel fundamental, desde logo o fazerem uma efetiva comparação de preço ou fazerem um bom planeamento da sua das suas compras, mas é necessário também que a ASAE esteja no terreno e esteja a fiscalizar a afixação do dos preços.

É importante também que os consumidores sejam eles também agentes de fiscalização e sempre que detetem anomalias e irregularidade, que as denunciem e só assim é que verdadeiramente nós conseguimos alterar aquilo que são as irregularidades do mercado, diz Natália Nunes.

Medidas mais estratégicas, mais direcionadas para as famílias mais vulneráveis

O Governo diz que vai a compensar o fim desta medida com o reforço dos apoios sociais em 550 milhões de euros a cerca de 1,5 milhões de pessoas. Têm que ser estratégias e medidas direcionadas, não podem ser tão abrangentes como esta do IVA Zero.

“Têm devem ser medidas mais estratégicas, mais direcionadas para as famílias mais vulneráveis, que são essas que efetivamente têm aqui uma efetiva necessidade de ter apoio”.

É uma ajuda que tem que ser o mais imediato possível, os preços dos produtos alimentares, os produtos de uma forma geral e dos serviços, vão começar a subir, as famílias só começam a receber os aumentos das suas pensões ou dos apoios sociais no final do mês.

"É necessário que o Estado, nomeadamente o Ministério da da da Solidariedade, esteja atento a esta situação, tendo esta situação e que direcione rapidamente a estes apoios que dizem ser reforçados para mais de 1 milhão de pessoas".

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