Economia

CGTP em protesto à frente da Assembleia da República contra OE2024

O secretário-geral do PCP juntou-se à manifestação para defender a subida dos salários e pensões e o investimento no Serviço Nacional de Saúde. Paulo Raimundo afirma que o Governo aceita dialogar, mas que não "há disponibilidade para alterar nada de fundo”.

Amanda Martins

SIC Notícias

No dia em que se vota o Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), no Parlamento, a CGTP convocou um protesto geral de trabalhadores no exterior da Assembleia da República. O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, juntou-se à manifestação pelo aumento salarial.

Os manifestantes reivindicam os aumentos dos salários e das pensões. Um dos manifestantes afirma que os idosos que recebem atualmente pensões trabalharam “muitos anos”, mas nem sempre têm “uma vida digna.

Temos milhares de pessoas a passar fome”, prosseguem, defendendo que “é necessário que as pensões aumentem substancialmente”.

Refere ainda que o aumento do salário mínimo proposto pelo Governo, que a 1 de janeiro passa para 820 euros, “deveria ser mais alto, tendo em conta o aumento da inflação”.

O secretário-geral do PCP juntou-se à manifestação às portas da Assembleia da República para defender o aumento dos salários e das pensões. Sublinha que “já ninguém aguenta” o aumento do custo de vida, nomeadamente dos produtos alimentares e da habitação.

Esta gente põe o país a funcionar, criam riqueza, há lucros e dinheiro. É preciso que seja melhor distribuído”, afirma Paulo Raimundo.

O PCP é um dos partidos que vai votar contra o OE2024, que deverá ser aprovado com o voto da maioria absoluta do PS. Reconhece que houve algumas propostas do PCP aprovadas, mas que “são propostas que não têm significado nenhum”.

As questões grossas – o aumento das pensões e reformas, a diminuição do preço do passe, tudo o que tem a ver com a revogação dos benefícios fiscais para os grupos económicos e o reforço das verbas para o SNS – foram chumbadas”, afirma o secretário-geral.

Paulo Raimundo deixa ainda críticas ao Governo, afirmando que o Executivo abre portas para falar, “mas não há disponibilidade para alterar nada de fundo”.

Estão disponíveis para uma conversa, desde que sejam eles a ditar as regras da conversa. Isso não serve para nada.

Já a pensar nas eleições de 10 de março, Paulo Raimundo não quer fazer cenários de acordo e pede um reforço de votos na CDU – coligação do PCP e d’Os Verdes. Mostrou-se ainda “confiante” que o partido irá aumentar o número de deputados no Parlamento, depois de uma queda histórica no último sufrágio.

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