O sector têxtil português está a sofrer com a difícil situação internacional, sobretudo com a guerra na Ucrânia. Várias empresas estão a fechar porque não aguentam o embate do aumento dos custos de produção.
Durante a pandemia da Covid-19, o setor têxtil viveu periodos difíceis mas adaptou-se. Sónia Ribeiro, da Sónia Silvia -Texteis Lar, fala de um processo de adaptação, que passou pela certificação de máscaras, e que fez garantir postos de trabalho.
"Chegamos a fazer um milhão e meio de máscaras", recorda.
Entretanto, chegou a guerra na Ucrânia e esta empresa em Paços de Ferreira teve de despedir oito trabalhadores.
Matéria-prima cara, poder de compra baixo
Entre setembro de 2022 e março deste ano, foram elevadas as quebras nas encomendas.
"A matéria prima começou a ficar mais cara, o poder de compra diminuiu, e tudo isso faz com que mesmo no estrangeiro as pessoas comprem menos", afirma Sónia.
A situação está a melhorar, mas aos poucos e nem em todo o lado. Nas ultimas semanas, pelo menos duas empresas fecharam portas.
As empresas e os trabalhadores precisam de ajuda, pelo que a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e o Governo estão a tabalhar em conjunto.
Em breve deverão ser anunciados apoios para o setor, principalmente na area da formação.