Economia

Desemprego nos concelhos industriais: norte do país é o mais afetado

Ainda este mês, em Guimarães, 60 trabalhadores foram despedidos de uma fábrica de têxtil com a justificação de falta de encomendas.

SIC Notícias

O desemprego está a aumentar nos concelhos onde há mais indústria. No último ano, o norte do país registou um maior número de desempregados. Vestuário, têxtil e couro são os setores mais afetados no último ano.

Ainda este mês, em Guimarães, 60 trabalhadores foram despedidos duma fábrica de têxtil com a justificação de falta de encomendas.

Concelhos como este, onde há mais indústria, são também aqueles onde há mais desemprego.

Os dados, avançados pelo Jornal de Notícias, com a variação de julho de 2023 face a julho de 2022, mostram que Guimarães lidera a tabela, com mais de 1.032 pessoas desempregadas.

Segue-se o Seixal com mais 567 pessoas, Marco de Canaveses (+487), Covilhã (+436) e Leiria (+401).

Há uma “quebra da procura das marcas internacionais”

Os setores queixam-se de excesso de stock e falta de encomendas, o que leva a despedimentos e a recorrer a lay-off.

Em resposta à SIC, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal garante que "existe uma redução da atividade produtiva no setor têxtil e vestuário e que está diretamente relacionada com a quebra da procura por parte das marcas internacionais". Refere ainda que as expectativas para 2024 são de melhoria e que a atividade produtiva retome a normalidade.

Para resolver este problema, o Governo pretende criar um programa de formações do Instituto de Emprego e Formação Profissional. Uma negociação que já decorre desde abril.

Em resposta à SIC, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social garante que tem acompanhado com toda a atenção a evolução do mercado de trabalho procurando avaliar e implementar respostas rápidas e necessárias para os trabalhadores e as empresas.

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