Setembro é o mês de regresso às aulas. Com a compra de material escolar, é também um mês de sobrecarga para o orçamento de algumas famílias. Para conseguir fazer a melhor gestão possível do orçamento familiar, deixamos algumas dicas (do Doutor Finanças, uma empresa especializada em finanças pessoais e familiares) que pode utilizar no momento de comprar os artigos.
Este ano, o preço do material escolar voltou a aumentar. Um cabaz de oito artigos essenciais (lápis, esferográficas, cadernos, mochilas, estojos, compassos, calculadoras científicas e pen-drives) para os alunos custa agora mais 14% do que em 2022, segundo a KuantoKusta, uma plataforma de comparação de preços.
Entre os vários artigos que compõem o cabaz, a maior diferença é no preço das esferográficas, cerca de 57,9% mais caras, destacando-se também os compassos (mais 19,8%), os estojos (mais 18,5%) e as calculadoras científicas (18,4%).
Nesta altura, a compra de material escolar tem um "grande peso no orçamento" das famílias. Por isso, os encargos devem ser "calculados e planeados", explica Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças, uma empresa especializada em finanças pessoais e familiares.
Estabelecer orçamento
Em primeiro lugar, deve estabelecer um orçamento para o material escolar.
Desta forma, vai ter uma ideia clara do dinheiro disponível para os diferentes materiais, ou seja, onde pode escolher opções mais baratas e onde faz sentido pagar mais.
Fazer uma lista
Depois, deve fazer uma lista dos artigos necessários. Alguns são essenciais para o início das aulas, mas outros só vão ser pedidos mais tarde pelos professores de cada disciplina.
Depois de perceber o material prioritário, deve escolher comprar primeiro esses artigos e só mais à frente os que não forem necessários de imediato.
Onde posso poupar?
Com a lista feita, pode avaliar os artigos que já tem em casa. Alguns podem ter sobrado do ano anterior.
"Envolver as crianças neste processo é também uma excelente oportunidade para ensinar a importância de poupar e reutilizar materiais", refere o Doutor Finanças.
Comparar preços
É fundamental comparar preços e promoções dos artigos para garantir o máximo de poupança, aconselha a empresa de finanças.
Pode fazê-lo nos folhetos dos supermercados e em sites de comparação de preços.
Há descontos diretos e descontos em cartão ou em talão. Deve avaliar os mais vantajosos.
Pedir fatura com NIF
Deve pedir fatura com NIF nas compras. Só assim será possível deduzir as despesas no IRS.
"Cada agregado familiar pode deduzir 30% dos gastos com educação e formação, até um limite de 800 euros (ou 880 euros, se estudar no interior do país). No entanto, só são válidas as despesas isentas de IVA ou que são tributadas à taxa reduzida (6%)", explica o Doutor Finanças.
Aproveitar livros gratuitos
Há escolas (públicas e privadas) com contratos de associação. Aproveitar os manuais escolares grátis é outra forma de poupar algum dinheiro.
Os encarregados de educação devem registar-se na plataforma MEGA, onde vão ser emitidos os vales para levantar os livros.
No final do ano-letivo, devem ser devolvidos.