Economia

País em protesto por um salário digno: “Estou aqui há 37 anos e ganho o ordenado mínimo”

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, afirma que enquanto os “trabalhadores empobrecem”, as grandes empresas continuam a ver os seus lucros crescer.

SIC Notícias

Milhares de trabalhadores de várias áreas do setor privado manifestam-se esta quarta-feira em todo o país. Exigem aumentos salariais que, pelo menos, acompanhem o aumento do custo de vida.

No âmbito do dia nacional de luta da CGTP, as ações de protesto - greves, manifestações, concentrações e plenários - abrangem vários setores, como a distribuição, a saúde, o comércio e a indústria.

“Este dia tem o objetivo de trazer as reivindicações para a rua porque os trabalhadores não podem continuar com esta degradação de condições de vida e de trabalho, precisam de um aumento significativo dos salários. É preciso alterar este rumo em que os trabalhadores empobrecem e as grandes empresas continuam a aumentar os lucros”, afirmou Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP.

De norte a sul e também nas ilhas, há vários serviços com constrangimentos. As ações previstas incluem concentrações à porta de empresas como a Lactogal, Nobre, lojas EDP, grupo Altice e Matutano.

A principal reivindicação prende-se com o aumento dos salários para todos os trabalhadores, em pelo menos 10%, de forma a permitir fazer face à subida dos bens essenciais e da habitação.

“Estou aqui há 37 anos e ganho o ordenado mínimo”, contou à SIC Inês Folhas, trabalhadora da Matutano.

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