Economia

BCE volta a subir taxas de juros

As prestações da casa vão continuar a subir. A taxa de referência dos bancos sobe para 4%, o valor mais alto desde 2008. É a oitava subida desde julho do ano passado.

Michael Probst/AP

SIC Notícias

As prestações da casa vão mesmo continuar a subir. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, esta quinta-feira, um aumento das taxas de juro de referência em 25 pontos base, um quarto de ponto. O anúncio foi feito após uma reunião de política monetária, em Frankfurt, na Alemanha.

A taxa de juro das principais operações de refinanciamento subiu para 4%, a taxa de facilidade de depósito passou para 3,50% e a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez subiu para 4,25%.

Esta subida já era antecipada por analistas.

Desta forma, o BCE mantém uma política restritiva até a inflação regressar ao patamar dos 2%,

Impacto direto nas Euribor

As decisões do BCE têm um impacto direto nas taxas Euribor: se os juros sobem, aumentam também as taxas a 3, 6 ou 12 meses.

Assim, a nova subida terá um impacto direto na carteira de quem tem crédito à habitação.

Quem pediu ao banco dinheiro emprestado vai continuar a ver a prestação da casa a subir. O BCE só deverá começar a baixar as taxas no final de 2024.

Ciclo de subida das taxas de juro

É a oitava subida desde julho do ano passado, tendo aprovado anteriormente vários aumentos de 50 e de 75 pontos base.

Os juros têm vindo a subir como estratégia de combate à inflação que, em maio, se cifrou nos 6,1%.

No início de maio, a instituição liderada por Christine Lagarde aumentou as taxas em 25 pontos base para 3,75%, um abrandamento apoiado pela maioria dos membros do Conselho.

Antes disso, o BCE tinha subido as taxas de juro em 50 pontos base.

  • A taxa de juro das principais operações de refinanciamento subiu para 3,75%
  • A taxa de facilidade de depósito passou para 3,25%
  • A taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez subiu para 4%, o nível mais alto desde outubro de 2008.

Contudo, segundo a ata da última reunião, alguns membros do Conselho do BCE defenderam uma nova subida em 50 pontos base para controlar os riscos inflacionistas, uma decisão que “demonstraria mais claramente a determinação […] em alcançar a estabilidade dos preços face a uma inflação elevada e mais persistente

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