O Banco Central Europeu (BCE) reúne-se na próxima quinta-feira e poderá decidir um novo aumento das taxas de juro. A confirmar-se, a decisão do BCE terá um impacto direto na carteira de quem tem crédito à habitação.
O aviso chega da organização para a cooperação e desenvolvimento económico: quem tem empréstimo bancário não terá alívio antes do final do ano.
A culpa é das subidas das taxas de juro, que andam a subir há mais de um ano e assim devem continuar nos próximos meses
Na próxima quinta-feira, o BCE volta a reunir-se e não deverá baixar o valor de referência dos juros.
A SIC falou com a analista Catarina Castro.
Uma vez que as decisões do BCE têm um impacto direto nas Euribor, se os juros sobem também estas taxas seguem ritmo idêntico a 3, 6 ou 12 meses. Ou seja, o que é decidido no BCE acaba por entrar na carteira de quem pediu dinheiro emprestado ao banco para comprar casa e vai, assim, continuar a ver a prestação a subir.
Os juros têm vindo a subir como estratégia de ataque da autoridade monetária europeia para combater a inflação. O objetivo é diminuir a circulação de moeda. Com juros mais elevados as pessoas vão reduzir gastos, sair e consumir menos, aumentando a poupança.
Apesar da inflação estar a desacelerar, não se prevê que os líderes dos bancos centrais do euro revejam esta política tão depressa.
Os juros do BCE têm subido de forma galopante desde julho de 2022.