O Ministro das Finanças alertou esta segunda-feira que é preciso governar com prudência e não revelou se há possibilidade de novos apoios. Em Bruxelas, Fernando Medina afirmou que espera uma economia mais estável nos próximos anos.
“Se se concretizar aquilo que são hoje as projeções relativamente à economia portuguesa, isso vai nos permitir encarar de uma forma mais sólida todo o exercício orçamental de 2024 e anos seguintes, mas convêm ter em atenção que temos de dar passos compatíveis com o tamanho da perna”, reagiu o ministro Fernando Medina.
Bruxelas reviu esta segunda-feira em alta a projeção de crescimento da economia portuguesa deste ano para 2,4%, a terceira maior taxa da zona euro, ajudada pelo turismo, revelando-se mais otimista do que o Governo. A Comissão Europeia destacou as "previsões positivas" divulgadas para Portugal.
Da mesma forma, Medina realçou a posição de Portugal no que diz respeito à dívida, o que faz com que o Governo alcance e mantenha as “contas certas”.
Apesar disto, é preciso que o país tenha sempre uma folga e, quando questionado sobre se isto vai possibilitar à dádiva de novos apoios, o ministro das Finanças assumiu que é preciso ter segurança antes de quaisquer transformações estruturais.
“Nós não podemos tomar medidas de natureza estrutural que não nos permitam ter a certeza que, em qualquer circunstância, a podemos cumprir, temos de estar preparados para cenários adversos e estar sempre seguros”, concluiu.
Bruxelas prevê que o défice português diminua para 0,1% este ano, o menor da zona euro, o melhor resultado à exceção dos excedentes previstos para a Irlanda e Chipre, estando mais otimista do que o Governo, foi divulgado.