Economia

Mais de 30% da dívida pública emitida este ano foi em certificados de aforro

Portugueses estão a recorrer a esta forma de rentabilizar as poupanças dado que a taxa de remuneração está em máximos históricos.

SIC Notícias

Mais de 30% da dívida pública emitida este ano foi em cerficados de aforro. A corrida a este instrumento de poupança está em máximos históricos. A remuneração dos certificados já atingiu a taxa máxima permitida por lei de 3,5%.

A corrida aos certificados de aforro nunca foi tão elevada como agora. Com o aumento das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) e a baixa rentabilidade dos depósitos pela banca, são muitas as pessoas que recorrem à dívida pública.

Na prática, as pessoas emprestam dinheiro ao Estado ou seja, o investimento tem capital garantido.

250 mil euros é o máximo que os investidores podem aplicar. Com um prazo de subscrição de 10 anos, os juros são calculados de três em três meses tendo como referência a Euribor a três meses.

É a forma que as famílias têm de rentabilizar as poupanças, uma vez que os juros do dinheiro que têm em deposito no banco
não ultrapassavam, em média, os 0,65% em fevereiro.


3,5% é o retorno que têm atualmente os certificados, um máximo histórico que pode durar até final de 2025.

O Governo admite rever a rentabilidade da taxas, mas a DECO alerta que ainda representam uma pequena parte da dívida pública e que funcionam como estímulo à poupança.

A defesa do consumidor diz ao Jornal Público que as taxas de remuneração dos depósitos são atualmente miseráveis.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, também já referiu que a banca tem de aumentar a retribuição de modo a acompanhar a subida dos juros.

Nos primeiros três meses deste ano os portugueses investiram em certificados de aforro mais de 9 mil milhões de euros, quase o limite fixado pelo Governo para todo o ano que é de 10250 milhões de euros.

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