A decisão do Reino Unido de o HSBC comprar a subsidiária britânica do SVB “vai acomodar e estancar quaisquer ondas de choque” para o setor da tecnologia e, eventualmente, de todo o sistema financeiro, explica a analista de Mercados, Catarina Castro.
O colapso do SVB foi a segunda maior falência bancária da história dos Estados Unidos, depois do colapso da Washington Mutual em 2008 e “traz riscos em especial para todas as tecnológicas, para todo o setor de tecnologia a nível mundial que poderia arrastar-se para uma situação de descontrolo, provavelmente iria juntar-se o sistema financeiro como um todo”.
Com a solução apresentada pelo ministro das Finanças do Reino Unido, evita-se o que “teria sido um desastre para todas as empresas de tecnologia do Reino Unido e de outros países europeus porque a grande maioria tinha uma posição de depósitos muito elevada no SVB porque este banco norte-americano era especializado no desenvolvimento e no financiamento de star-ups”.
O HSBC, o maior banco da Europa, anunciou a compra da subsidiária britânica do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), na sequência do seu colapso, pela quantia simbólica de uma libra (1,13 euros).
Num comunicado enviado hoje à Bolsa de Hong Kong, onde está cotado, o HSBC estima o capital próprio da subsidiária, SBV UK, em cerca de 1,4 mil milhões de libras (1,58 mil milhões de euros).
EUA lançam plano para proteger depósitos dos clientes dos dois bancos encerrados
Os Estados Unidos anunciaram um plano para proteger os depósitos dos clientes dos dois bancos encerrados: Silicon Valley e Signature Bank. O Presidente Joe Biden promete responsabilizar os dirigentes dos bancos fechados.
A partir de hoje, os clientes vão ter acesso a todo o dinheiro que depositaram até um máximo de 250 mil dólares. No entanto há muitas empresas e clientes particulares que tinham mais do que esse valor depositado.
As autoridades norte-americanas assumiram o controlo do Silicon Valley Bank e entregaram a gestão à agência que garante a segurança dos depósitos. O governo recusa fazer um resgate federal e diz que os reguladores devem considerar a aquisição do banco por outra instituição.