Economia

Casas de ministros "escapam" ao arrendamento coercivo

Os atuais 19 governantes são proprietários de 37 imóveis. Destes 14 são a habitação principal, mas os restantes imóveis apenas sete estão arrendados a terceiros.

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/Lusa

SIC Notícias

A quatro dias de terminar a consulta pública do programa Mais Habitação, apresentado pelo Governo, uma das medidas previstas que mais polémica tem gerado é a do arrendamento coercivo. A esse propósito, o jornal online Observador revela, esta segunda-feira, que os ministros-senhorios escapam a esta medida porque os seus imóveis estão a uso ou já no mercado.

Segundo as contas do Observador, os atuais 19 governantes - primeiro-ministro e ministros - são donos de 37 casas, sendo apenas 14 de habitação principal e permanente, ou sejam, onde residem.

As restantes 23 casas são secundárias. Algumas são de férias, sete estão arrendadas a terceiros e outras ou estão à venda ou são habitadas por familiares.

Pelo que, as casas dos governantes ficam assim de fora das regras para o arrendamento coercivo anunciado pelo Governo para colmatar a crise na habitação.

Nesta análise, o Observador revela ainda que o chefe do Governo tem duas casas arrendadas e a própria ministra da Habitação, Marina Gonçalves, arrendou por 500 euros/mês a única casa da qual é proprietária.

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