A inflação voltou a descer para 8,4%, mas isso não significa que os preços estejam a descer. Ao invés, continuam a subir a um ritmo mais lento. Os custos com a habitação e alimentos são os que mais pesam na carteira dos portugueses.
A inflação continua elevada e isso acontece porque o preço dos alimentos não parou de subir ao longo do último ano. Alimentos e bebidas não alcoólicas aumentaram 13% em 2022 e a tendência parece manter-se.
Eis os alimentos que mais aumentaram:
- O preço da couve aumentou 67% desde fevereiro do ano passado.
- O preço da alface subiu 64%.
- A polpa de tomate e o arroz carolino também estão na categoria de produtos que custam agora mais do dobro do que há um ano.
Os custos com habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis continuam a ter também muito peso no final do mês. No ano passado subiram quase 13%.
A inflação seria muito mais elevada se tivesse apenas em conta fatores internos. Os produtos e serviços nacionais são os que mais estão a aumentar.
"Nós até poderíamos perceber que isso ainda eram efeitos da seca severa que enfrentámos no ano que passou, se tivessemos tido um agravamento ainda mais expressivo do que temos tido nos combustíveis (...) Porque é que os preços não baixaram? Ninguém consegue dar essa explicação", disse Ana Guerreiro da DECO.
A DECO pede ao Governo maior controlo para detetar possíveis abusos.