Economia

Governo e Galp em negociações com a Nigéria para garantir reservas de gás natural

A Nigéria é o principal fornecedor de Portugal. Até ao passado mês de agosto, falhou quatro dos 30 carregamentos previstos para este ano.

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SIC Notícias

Lusa

Portugal importou, até agosto, quatro mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito, dos quais mais de metade provenientes da Nigéria. A previsão era de que o país fizesse um total de 30 entregas até ao final do ano, mas quatro delas já falharam, revela esta quinta-feira o Jornal de Negócios.

O incumprimento levou a que no início de setembro, o secretário de Estado da Energia e o CEO da Galp voassem de urgência até à capital do país, onde reuniram com o Executivo e a produtora de gás. As negociações terão corrido bem, tendo ficado acordado que até dezembro Portugal receberia mais 11 carregamentos: sete já previstos e os quatro em falta.

Esta quinta-feira, a partir de Paris, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse acreditar que a Nigéria está a fazer "todos os esforços" para entregar o gás com o qual se comprometeu, assinalando que contratos deste género preveem "penalizações e prazos".

"Os compromissos são de natureza comercial e os contratos têm as suas cláusulas que preveem penalizações e prazos, diferentes elementos que constam de um relacionamento desta natureza. Portugal tem um conjunto diversificado de fornecedores e acreditamos que, do lado nigeriano, todos os esforços serão feitos para cumprir a palavra dada", lembrou Gomes Cravinho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português está em Paris para visitas à UNESCO, ao Museu do Louvre e para um encontro bilateral com a sua homóloga francesa, Catherine Colonna, na sexta-feira.

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