Economia

Governo espanhol sem intenção de abandonar já o grupo que detém o BPI

Estado é o segundo maior acionista do CaixaBank, e só tem de sair até 2023. Para já, não há pressa de vender a participação, revelou a ministra dos Assuntos Económicos

Expresso

“Não temos nenhuma intenção de que o Estado saia do CaixaBank”. A afirmação é da ministra dos Assuntos Económicos e primeira vice-presidente do Governo espanhol, Nadia Calviño, que serve de título à entrevista que dá esta segunda-feira, 13 de dezembro, ao jornal "Expansión".

Neste momento, o FROB, fundo estatal espanhol que serviu para resgatar bancos na crise financeira, ficou com 16,1% do CaixaBank após a fusão com o Bankia, tornando-se no segundo maior acionista, atrás da fundação La Caixa. O Estado espanhol é, portanto, acionista indireto do BPI já que o CaixaBank é o dono de 100% do seu capital.

Assim deverá continuar, porque Nadia Calviño afirma que “não há pressa” para fazer a alienação daquela participação acionista. “É uma instituição muito bem gerida, e depois de completar o processo de consolidação, que tem sido muito bom para o sector financeiro espanhol, não temos planos no horizonte nem nenhuma intenção de vender”, continuou, citada pela agência Reuters.

O Estado espanhol entrou no capital do Bankia no resgate feito em 2012, na senda da crise financeira e da dívida, sendo que deverá sair do capital até 2023. Em 2020, juntou-se ao Bankia, tornando-se o CaixaBank o maior banco doméstico.

O CaixaBank tem mais de 50 mil funcionários espalhados por mais de 6 mil agências. Em Portugal, o BPI conta com 375 balcões e 4500 trabalhadores.

Últimas