Em fase de conclusão do processo de privatização - numa corrida onde estão dois candidatos, a DST e a Sing do grupo Sodécia - a Efacec assegura que a recuperação está em curso, e que a empresa é economicamente viável, apesar do seu presidente executivo, Ângelo Ramalho, se ter queixado, em entrevista ao Jornal de Negócios, de que a atividade normal está limitada por dificuldade de acesso a instrumentos financeiros.
O Conselho de Administração da Efacec "atesta que a empresa continua viável economicamente, comprometida e focada no desenvolvimento da sua atividade, assegurando que não está em risco o pagamento de salários e o cumprimento das suas obrigações para com os trabalhadores", afirmou fonte oficial da empresa, questionada pelo Expresso.
A Efacec respondia assim à preocupação interna, noticiada pelo jornal económico ECO, de que o acionista minoritário, o Grupo José de Mello e a TMG, terá manifestado preocupação com a possibilidade de o EBITDA (meios libertos operacionais) ter passado a estar negativo em 12 milhões de euros no terceiro trimestre, e com as consequências que isso poderia ter no cumprimento das obrigações como os salários de outubro e meses seguintes, até à conclusão do processo de privatização. Valores que a Efacec diz desconhecer. "Desconhecemos a origem desses números. O terceiro trimestre de 2021 está ainda em curso", disse ao Expresso fonte oficial da companhia.
As contas do primeiro semestre de 2021 revelam uma recuperação da Efacec, com as receitas a crescerem 30% para 137 milhões de euros, e o EBITDA a situar-se nos 1,8 milhões de euros positivos, um aumento de 10%.
O Governo espera que a operação de privatização da participação de 71,73% de Isabel dos Santos, nacionalizada em julho de 2020, esteja concluída no final deste ano.
O processo está a ser liderado pelo Ministério das Finanças e a Parpública, com a colaboração do Ministério da Economia. O Governo está a montar a operação de venda e negociar os termos do negócio com os candidatos, que irão apresentar uma proposta vinculativa melhorada.