Em comunicado ao mercado, a elétrica explica que, sem eventos não recorrentes, o resultado líquido teria caído 5% no primeiro trimestre, uma vez que "o crescimento da EDP Renováveis e da EDP Brasil foi mais que compensado pelas alterações regulatórias adversas em Portugal".
Nos eventos não recorrentes com impacto nas contas, a EDP aponta a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) em Portugal e a provisão do impacto em resultados referente ao segundo semestre de 2017, correspondente à diferença entre o ajustamento final dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) reconhecido em 2017 e o homologado em 03 de maio (no valor de 13 milhões de euros).
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, amortizações, desvalorizações de ativos e provisões) da EDP recuou 12% para 893 milhões de euros, o que é atribuído à venda do negócio de distribuição de gás na Península Ibérica, durante o segundo semestre de 2017, pela desvalorização do real e do dólar face ao euro no período.
Nos três primeiros meses do ano, a capacidade instalada aumentou 3% para 26.753 megawatt(MW) e o peso das renováveis subiu 1 ponto percentual para 74%, em termos de capacidade instalada. Já a produção aumentou 7% no primeiro trimestre deste ano, para 20.598 GWH, no primeiro trimestre, em comparação homóloga.
A dívida líquida da EDP caiu cerca de 1% (84 milhões de euros), para 13,8 mil milhões de euros em final de março, uma vez que, refere a elétrica no comunicado ao mercado, "o 'cash flow' orgânico gerado (de 300 milhões de euros) foi compensado por um investimento líquido em expansão, dedicado a nova capacidade renovável e Brasil (de 300 milhões de euros)".
Lusa