Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores diz já ter solicitado uma reunião ao presidente do Conselho de Administração do Novo Banco "a fim de conhecer mais pormenores sobre o negócio e qual a estratégia futura", sublinhando a importância de se ter encontrado uma solução e que se tenha afastado de vez, "o espetro da liquidação do banco".
"Esperemos que o Governo tenha sido cauteloso na elaboração do caderno de encargos, para assegurar que o Novo Banco cumpra a sua missão no âmbito da economia nacional no futuro próximo e que assegure a manutenção dos postos de trabalho", refere a comissão.
Em comunicado, divulgado na sexta-feira, o Banco de Portugal informou que o fundo norte-americano Lone Star vai realizar injeções de capital no Novo Banco, no montante total de 1.000 milhões de euros, dos quais 750 milhões de euros logo no fecho da operação e 250 milhões de euros até 2020. Este investimento permite ao fundo passar a controlar 75% do capital do banco, mantendo-se os restantes 25% nas mãos do Fundo de Resolução bancário.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou, também na sexta-feira, que a venda do Novo Banco não terá impacto direto ou indireto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, constituindo "uma solução equilibrada". "Ainda não se conhece qual vai ser a estratégia, bem como o plano de negócios da Lone Star para o Novo Banco", indica.
A Comissão de Trabalhadores lembra que depois da restruturação levada a cabo ao longo de 2016 e primeiro trimestre de 2017, na qual se reduziu mais de 1.500 postos de trabalho e se encerrou mais de 100 balcões, o Novo Banco tornou-se num dos bancos mais eficientes da Europa e tem o mais baixo número de empregados por balcão do sistema financeiro português.