O futebolista do Barcelona sublinha a importância da chamada de Roberto Martinez à Seleção Nacional, numa altura em que não estava a jogar. A SIC esteve à conversa com o jogador de 24 anos, durante as filmagens de um anúncio para uma marca de equipamentos desportivos.
Está a dias de entrar em cena na terceira grande competição por Portugal. Foi mais uma época de altos e baixos, mas Félix não esquece quem o segurou.
"Já confiava nele [Roberto Martínez] a 100% mas depois disso ficou claro que se pode confiar. E nesse momento estive muito grato por isso e fiz o que pude para não o deixar mal", começou por dizer.
"Estava no Atlético na fase do saio ou não saio, e o que ele disse, não é por ser eu, mas se estamos ali a formar um grupo, a preparar uma fase final, não é por estar jogar menos ou mais que não deve ir. Se o jogador é bom, se é melhor do que os outros que não vão, acho que deve ir claramente", acrescentou.
Chegou à Catalunha com grandes expectativas, foi perdendo espaço na equipa blaugrana mas não para Roberto Martínez.
"O mister desde o primeiro dia que chegou mostrou sempre abertura com os jogadores e máxima sinceridade. Para além de um excelente treinador é uma excelente pessoa e sabe gerir bem um grupo que às vezes é o mais difícil, gerir os grupos", apontou.
Aos 24 anos já sabe bem o que é lidar com pressão, João Félix tem sido protagonista de muitos episódios a longo da sua carreira.
"Cheguei a Espanha tinha 19 anos e toda a envolvência do que foi a minha etapa no Benfica e a minha transferência para o Atlético de Madrid, claramente que agora me sinto muito mais preparado, e também tenho consciência que devia ter feito certas coisas melhor e não fiz, mas a vida é mesmo assim é feita de erros e aprendizagens e até aos últimos dias da minha vida vou continuar a aprender e a tentar não repetir os erros que já cometi", considerou.
Foi a transferência mais cara de futebol português, quando o Atlético de Madrid desembolsou 127 milhões de euros para o levar do Benfica. Sem convencer nos colchoneros, já soma dois empréstimos, mas curiosamente foi em casa que sentiu mais pressão.
"Devo dizer que em Portugal se calhar é onde se sente mais. Eu comecei logo no Benfica onde a exigência é máxima, não se pode perder nem um jogo, e portanto comecei logo com essa sensação de responsabilidade ao mais alto nível e acho que me fez bem. Agora estando aqui no Barcelona, numa época que acabamos por não ganhar títulos e vejo jogadores a sentirem muito mais tudo o que aconteceu e que vai acontecendo durante a época e depois olho para mim e vejo que já consigo lidar bem com esse tipo de coisas, porque com o tempo e com tudo o que já vivi torna-se mais fácil", confessou.
Depois da melhor qualificação de sempre, em que marcou três golos, João Félix sonha agora com o título europeu.
"Já sabemos quem vamos enfrentar, o que vamos esperar e claro que é uma competição que queremos muito ganhar. Queremos muito lá estar, jogar e desfrutar do momento", rematou.
Ao mesmo tempo, o mercado de transferências vai estar aberto. Depois de mais um empréstimo, Félix ainda não sabe o que o futuro lhe reserva. Para já só concentra forças na Seleção Nacional e no Euro 2024.