Desporto

Mundial 2030: o que se sabe sobre o primeiro Campeonato do Mundo jogado em Portugal

No Mundial 2030, que será inédito por acontecer em três continentes (seis países), haverá mais seleções e mais jogos. O arranque acontece no Uruguai e a final em Espanha. Saiba o que muda no Campeonato do Mundo, o que já se sabe e o que falta saber.

Stuart Franklin

Rita Rogado

O Mundial 2030 de futebol vai decorrer em três continentes. A organização estará a cargo de Portugal, Espanha e Marrocos, mas vai arrancar em três países - Uruguai, Argentina e Paraguai - da América do Sul. Na edição daqui a sete anos, haverá mais seleções e mais jogos. O arranque acontece no Uruguai e a final em Espanha. Saiba o que muda no Campeonato do Mundo, o que já se sabe e o que falta saber.

O anúncio dos países que vão receber a competição (e as novidades) foi feito de surpresa. E é inédito. É a primeira vez que o Campeonato do Mundo se joga em seis países e em três continentes. As datas exatas ainda não são conhecidas, mas sabe-se que o campeonato decorre durante 40 dias.

Mais seleções e mais jogos

Vão ser 48 seleções, em vez de 32, e vão estar divididas em 12 grupos, cada um com quatro.

No total, serão 104 jogos, mais 40 do que o habitual, em 40 dias.

Apuram-se da fase de grupos os dois primeiros e os oito melhores terceiros. O aumento do número de seleções participantes vai resultar numa eliminatória extra, os 16 avos de final.

A maioria dos jogos vai ser disputado em Espanha, Portugal e Marrocos. No entanto, desses três, deverá ser Espanha a receber mais partidas, adianta o The Local.

O mesmo jornal avança que haverá uma injeção "bastante significativa de dinheiro": 5,12 mil milhões de euros ao PIB e injetar outros 5,5 mil milhões em despesas com o turismo. Por cada euro investido, 4,28 euros será adicionado ao PIB espanhol. Só em Espanha, a preparação e o evento deverão criar mais de 82.500 postos de trabalho.

Mundial organizado por Portugal, Espanha e Marrocos

O evento vai decorrer em três continentes. Primeiro, na América Latina, com um jogo em cada um dos três países. No Uruguai, onde será o pontapé de saída, em Buenos Aires, na Argentina, e em Assunção, no Paraguai.

Os outros dois continentes são África, mais concretamente em Marrocos, e Europa, em Portugal e Espanha.

Estamos perante uma aliança entre as duas candidaturas: a vencedora - Portugal, Espanha e Marrocos -, e a derrotada, a sul-americana.

O facto do Chile, na América Latina, ter ficado fora das escolhas criou tensão, diz o El País. De acordo com o jornal espanhol, só havia a possibilidade de incluir três países. O Uruguai foi escolhido por ter sido "onde tudo começou", ou seja, por ter organizado o primeiro Mundial, em 1930, a Argentina por ser a atual campeã do Mundo e o Paraguai por ser o país de Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol e da sede da Conmebol.

Inauguração no Uruguai, final em Espanha

Já se sabe que o jogo inaugural do Mundial será em Montevidéu, capital do Uruguai. O estádio da final deverá ter a capacidade para, pelo menos, 80 mil pessoas. O escolhido, embora não seja oficial, foi o Santiago Bernabéu, em Madrid, Espanha, avança o El País.

No entanto, não se sabe ainda ao certo as cidades e os estádios que vão receber os restantes jogos. A escolha, que será da FIFA, só deverá ser divulgada em 2026.

Os países que vão receber as partidas do Mundial têm de ter, pelo menos 14 estádios para os jogos, dos quais sete têm de estar já construídos, e 72 campos de treinos.

Como é feita a avaliação para a escolha dos locais

Cada instalação vai ser classificada como:

  • 0 a 1,9 - sem requisitos mínimos
  • 2 a 2,9 - satisfatória
  • 3 a 3,9 - boa
  • 4 a 5 - muito boa

Na escolha das infraestruturas, os estádios pesam 35%, hotéis para jogadores, campos de treino e árbitros 10%, alojamento para adeptos 7,5%, transportes 7,5%, Fan Zones 5% e o espaço Centro Internacional de Transmissão (CIT) para a transmissão nos média 5%.

O que pesa nas decisões

De acordo com o El País, a FIFA tem em conta o legado e o impacto económico que o Mundial vai deixar nos países organizadores e nos territórios vizinhos, sobretudo para o desenvolvimento da modalidade. O apoio do Governo e das restantes forças políticas é também um fator decisivo.

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