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UEFA vai readmitir equipas russas de menores de idade nas competições

Apesar de serem readmitidas, as equipas vão disputar os jogos fora do país, sem bandeira, hino ou equipamento de jogo nacional, referindo que as crianças “não devem ser punidas” por ações cuja responsabilidade cabe exclusivamente aos adultos.

Um casal sentado sob um guarda-chuva num estado vazio durante uma partida de futebol em Stavropol, Rússia.
Eduard Korniyenko

Lusa

O Comité Executivo da UEFA anunciou esta terça-feira que as equipas russas de menores de idade serão readmitidas nas competições esta época, mantendo a suspensão nas restantes formações, de clubes e seleções, devido à guerra na Ucrânia.

"O Comité Executivo da UEFA decidiu que as equipas russas de jogadores menores serão readmitidas nas suas competições no decurso da presente época. A este respeito, o Comité Executivo solicitou à administração da UEFA que propusesse uma solução técnica que permitisse a reintegração das equipas russas de sub-17 (tanto femininas como masculinas), mesmo quando os sorteios já tivessem sido realizados", refere a UEFA em comunicado.

Apesar de serem readmitidas, as equipas vão disputar os jogos fora do país, sem bandeira, hino ou equipamento de jogo nacional, explica o Comité Executivo da UEFA, que reuniu esta terça-feira em Limassol, em Chipre.

"As crianças não devem ser punidas por ações cuja responsabilidade cabe exclusivamente aos adultos e [a UEFA] está firmemente convencida de que o futebol nunca deve desistir de enviar mensagens de paz e de esperança. É particularmente lamentável que, devido à persistência do conflito, uma geração de menores seja privada do seu direito de competir no futebol internacional", salienta.

A UEFA reiterou ainda a condenação à "guerra ilegal da Rússia" e confirmou que a suspensão de todas as outras equipas russas, de clubes e seleções, permanecerá em vigor até ao fim do conflito na Ucrânia.

"A suspensão contínua da UEFA contra as equipas seniores russas reflete o seu empenho em tomar uma posição contra a violência e a agressão. A UEFA está determinada em manter esta posição até que a guerra termine e a paz seja restabelecida. Mas, ao proibir as crianças de participarem nas nossas competições, não só não reconhecemos nem defendemos um direito fundamental para o seu desenvolvimento integral, como as discriminamos diretamente", disse Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, citado no comunicado no organismo.

Ceferin explicou que a oportunidade de competirem com os seus pares na Europa é também um "investimento" naquilo que esperam que venha a ser "uma geração futura mais brilhante e mais capaz".

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