Depois de a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) ter decidido despedir o selecionador Jorge Vilda - menos de um mês depois de ter conquistado o primeiro Campeonato do Mundo da história da seleção feminina espanhola -, Montse Tomé assumiu as rédeas da “La Roja” e tornou-se na primeira mulher a ocupar a posição. Mas, quem é a nova selecionadora, que já conhece bem os cantos à casa?
Montserrat Tomé Vázquez, mais conhecida como Montse Tomé, nasceu em Oviedo, na região das Astúrias, a 22 de maio de 1982 (41 anos). Começou a dar os primeiros pontapés na bola no clube local, o Oviedo Moderno, e em 2007 deu o salto para o Levante, onde venceu um campeonato espanhol.
De Oviedo até Barcelona
Em 2010 passou a envergar a camisola do Barcelona, que dava os primeiros passos no futebol femino. Aliás, foi com Montse Tomé na equipa que o emblema da Catalunha venceu o seu primeiro campeonato feminino, em 2012. Um ano antes, também com a atual selecionadora no elenco, as atletas blaugrana ergueram a Taça do Rei.
Depois de duas conquistas históricas com os catalães, Montse Tomé decidiu regressar a casa, na época 2012/2013, e assinar pelo Oviedo. Viria, no entanto, a pendurar as chuteiras nessa mesma temporada, aos 31 anos.
Durante a sua carreira enquanto futebolista, a espanhola representou a seleção feminina do país vizinho na categoria de sub-19 e ainda na equipa A.
Caminhada na seleção começou há cinco anos
Em 2018 tornou-se treinadora adjunta de Jorge Vilda na seleção espanhola e mais tarde, em 2020, alternou o cargo com o de selecionadora das sub-17, conduzindo, em 2022, as atletas mais jovens à conquista do Mundial.
A nova selecionadora terá os seus primeiros desafios oficiais já este mês. Dia 22, a seleção espanhola joga fora de portas contra a Suécia e no dia 26 recebe a Suíça. Ambas as partidas contam para a Liga das Nações.
Federação pediu desculpa pelo comportamento de Rubiales
Esta terça-feira, o organismo que tutela o futebol espanhol anunciou, através de comunicado, que Montse Tomé passaria a ser a estar ao leme da seleção do país, ao invés de Jorge Vilda. Esta é uma das “medidas de regeneração” que estão a ser postas em prática por Pedro Rocha, atual presidente da Federação Espanhola, após o recente escândalo em torno de Luis Rubiales, presidente que se encontra suspenso pela FIFA.
As alterações no comando técnico da equipa feminina espanhola surgiram no mesmo dia em que a RFEF pediu formalmente desculpa ao futebol mundial e aos adeptos pelo comportamento inapropriado de Rubiales durante os festejos da conquista do Mundial feminino.