Cultura

Exposição "Dissecção" de Vhils a partir de hoje no Museu da Electricidade

A exposição "Dissecção/Dissection", onde o português  Alexandre Farto, que assina como Vhils, "tenta questionar a cidade", através  da revisitação de trabalhos mais antigos e de outros inéditos, abre hoje  ao público no Museu da Electricidade, em Lisboa. 

Foi a escavar muros com retratos, que este jovem português captou a  atenção do mundo. A técnica consiste em criar imagens, em paredes ou murais,  através da remoção de camadas de materiais de construção, criando uma imagem  em negativo.  

Na mostra será possível ver-se, através de ecrãs de televisão, imagens  de projetos que Alexandre Farto desenvolveu em países como a China (em Xangai)  e o Brasil (no Morro da Providência, Rio de Janeiro), recorrendo à técnica  da "escavação" de retratos na parede, mas não só.  

Além dos muros, ao longo do seu percurso Vhils criou retratos em cartazes  sobrepostos (retirados de muros de cidades), em madeira, em esferovite e  em metal, com ajuda de, entre outros, martelos pneumáticos, explosões e  ácidos. 

Alexandre Farto, como afirmou à Lusa, pretende que "Dissecção" dê origem  a uma "reflexão sobre a cidade, a maneira como está a crescer e a maneira  como afeta a sociedade em geral". 

Esta é a primeira exposição individual que Alexandre Farto, de 27 anos,  que começou por pintar paredes com "graffitis", aos 13 anos, terá patente  num museu português. 

A mostra, porém, não se confina ao interior do Museu. "A ideia era que  a exposição se abrisse à cidade, daí terem sido feitas intervenções em Alcântara [onde surgiu um rosto em grandes dimensões, numa parede] e no silo [onde  está uma série de rostos], aqui", no museu. 

"Dissecção/Dissection" estará patente de 05 de julho a 05 de outubro,  no Museu da Eletricidade, e tem entrada gratuita. 

Ainda no âmbito da exposição, ao longo do mês de julho, vai decorrer  um "workshop" dirigido a jovens, que tem uma parte mais ligada ao hip-hop,  da responsabilidade do rapper Chullage e dos 12 Macacos, e "uma outra parte  mais prática, em que se vai trabalhar mais o material: stencil e serigrafia",  adiantou Vhils. 

 

Lusa

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