Cultura

Porto homenageia Manoel de Oliveira no 105º aniversário do cineasta

As comemorações para assinalar no Porto o aniversário  do mais velho realizador do mundo, Manoel de Oliveira, têm o seu ponto alto  na quarta-feira, quando cumpre 105 anos de idade. É nesse dia que se inaugura no Porto, sua cidade natal, a exposição  "Manoel de Oliveira -- 105 revistas", um momento que deverá contar com a  presença do realizador. 

(Reuters/Arquivo)
© Yves Herman / Reuters

A exposição, patente até 10 de março de 2014  no Museu Nacional de Imprensa,  contará com várias revistas portuguesas e publicações francesas como os  Cahiers du Cinéma, Beaux Arts, L'Avant Scne Cinéma ou L'Acchiappa Film  que incluem trabalhos sobre o realizador. 

"Em várias revistas portuguesas estão patentes textos de José Régio,  Jorge Sena, Adolfo Casais Monteiro e José Gomes Ferreira sobre o cineasta  natural do Porto", explica o museu. 

Numa iniciativa também do Museu de Imprensa, mas no Aeroporto Francisco  Sá Carneiro, vai ser inaugurada a exposição "Manoel de Oliveira no humor  mundial", baseada no prémio especial de caricatura lançado este ano no PortoCartoon-World  Festival e dedicado expressamente ao cineasta. 

Esta mostra contará com mais de 30 desenhos, de diferentes países, como  Alemanha, Brasil, Colômbia, Espanha, Irão, Itália, Portugal, Suíça, Turquia  e Ucrânia. 

Ao final do dia, o realizador deverá marcar presença no lançamento de  uma peça de porcelana da Vista Alegre que integrará a coleção "1+11". 

"Aniki-Bóbó" é o nome de um bule do pintor, designer, escultor fotógrafo  e cineasta Manuel Casimiro que é uma evocação do mais famoso filme do cineasta.

Ainda hoje o festival Douro Film Harvest e o Shortcutz, ciclo de cinema  que decorre semanalmente no Hard Club, homenageiam o realizador no edifício  Axa, pelas 18:00, com uma instalação coletiva que representa o rosto do  cineasta através de papéis gigantes, coloridos e presos com pins.  

Na mesma altura, são projetadas três curtas-metragens do autor -- "Douro,  Faina Fluvial" (1931), "A Caça" (1964) e "Famalicão" (1940) - em duas sessões  gratuitas, às 18:30 e 21.30.  

Mas as comemorações no Porto, por iniciativa de diferentes instituições,  já começaram há algum tempo e simbolicamente tiveram o seu tiro de partida  com o anúncio, a 14 de novembro, de que Serralves iria instalar no parque  do museu um núcleo com o espólio do cineasta, num edifício reabilitado pelo  arquiteto Siza Vieira. 

A Casa da Música também já lhe dedicou um concerto de homenagem, que  contou com a presença do primeiro-ministro, e a 10 edição do ciclo de cinema  Imagens do Real teve também uma sessão evocativa. 

Lusa

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