Um avião militar do tipo CASA (avião de carga tático militar), pertencente ao destacamento aéreo 181, partiu a meio do dia da base militar de Sainte-Marie (norte da Reunião) "para efetuar buscas em torno das costas da ilha", disse à agência noticiosa francesa AFP a comandante Aline Simon.
As autoridades francesas tinham anunciado na quinta-feira o destacamento "de meios aéreos e marítimos suplementares para detetar a eventual presença de novos destroços", na sequência da identificação de um fragmento da asa do Boeing 777 do voo MH370 da Malásia Airlines, desaparecido a 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo.
"Patrulhas a pé, helicópteros de buscas e brigadas naúticas" também vão ser mobilizadas, indicou o governo francês.
As condições meteorológicas dificultaram o lançamento da operação esta manhã, devido à chuva no norte e leste da ilha.
"As condições não são ótimas para um voo ou para a mobilização de um navio da marinha", disseram fontes próximas das autoridades da Reunião.
O município de Saint-André, zona onde foram encontrados o fragmento da asa e pedaços de malas, a 29 de julho, anunciou que "equipas municipais e associativas" iam efetuar "uma busca minuciosa" no litoral.
As autoridades da ilha vizinha das Maurícias mantiveram as buscas, iniciadas na segunda-feira a pedido de Kuala Lumpur.
Um avião utilizado pela polícia realizou duas saídas na quinta-feira. Uma terceira saída foi efetuada por um avião "Defender", usado em buscas marítimas, disse uma porta-voz da polícia maurícia.
O perímetro potencial das buscas é imenso, e as equipas francesas deverão concentrar-se na área da Corrente Equatorial Sul (CES), que circula entre a Austrália e a Indonésia, em direção a Madagáscar.
De acordo com vários oceanógrafos, esta corrente teria levado o 'flap' do MH370 até à Reunião.
Lusa