O sémen infetado com o vírus pertence a um francês de 27 anos que, em março, sentiu sintomas da infeção contraída na Tailândia nos meses de outubro e novembro.
O caso foi reportado, esta semana, no jornal médico The Lancet.
O recorde anterior da sobrevivência do vírus em sémen foi de 62 dias ,depois do começo dos sintomas.
Este novo caso destaca que as pessoas que retornam a áreas onde o Zika não é endémico, como a Tailândia, podem também ser infetadas, segundo o relatório.
O vírus é transmitido através de picadas de mosquitos infetados, relações sexuais e através da placenta que atinge o feto.
A possibilidade da presença "prolongada" do vírus deve estar na mente das pessoas que planeiam ter filhos, refere o relatório.
O Zika encontra-se relacionado com a doença microcefalia - um encolhimento do cérebro e do crânio - em bebés e, em casos raros, pode potenciar problemas neurológicos fatais em adultos.
A existência do período de seis meses para monitorizar a sobrevivência do vírus em pessoas infetadas "deve ser expandido para pacientes que retornam de áreas não-epidémicas", escreveram os especialistas em saúde.
Lusa